Venha compartilhar um pouco do trabalho que realizo como historiador e professor da cidade de Cotia. Mergulhe no passado das pessoas que construiram este lugar, recorde fatos marcantes que deram identidade cultural a esta cidade.

sábado, 10 de outubro de 2015

É MUITO BOM SER CRIANÇA


Quando nos tornamos adultos, esquecemos que um dia fomos crianças. Quer coisa mais chata, quando um adulto com o dedo em riste anuncia publicamente que você não pode se comportar de certa maneira, pois está crescendo? Este tipo de atitude deixa qualquer criança confusa. O que é crescer, ser adulto? Pode até ser que essa coisa de ficar adulto não seja tão legal, se o referencial de quem fala não for tão positivo. Outro conselho sem noção é quando um adulto mantém viva dentro de si atitude que supostamente é atribuída a crianças e é alertado de que tal comportamento não combina com sua idade. Este tipo de alerta chega até a desconcertar a pessoa.

Que criança ou adulto não tem uma boa história para contar de uma arte que fez e guarda até hoje? Se tiver uma, conte então...

Sorriso de criança não pode ser para sempre? Alegria de criança não é para sempre? Espontaneidade de criança não é para sempre? Honestidade de criança não é para sempre? Um abraço de criança não é para sempre? Um gesto de carinho de criança não é para sempre? Um conselho de criança é muito bom de ser ouvido, quando achamos que ele merece ser escutado, porém, frente à dica de uma criança, agimos de forma imperativa: “– Que experiência de vida você tem para me dar conselhos?”   “– Cala a boca, pirralho!” Quase sempre achamos que não é muito importante escutar... Parece que quando ficamos adultos esquecemos e endurecemos os sentimentos. Bobagem.

Que criança, com olhos esbugalhados no escuro do quarto, não solicitou a presença dos pais para contar uma história até que dormisse?

Diga-me com todas as palavras, afinal, o que é ser adulto? Esquecer o sorriso? Esquecer a espontaneidade? Esquecer a honestidade? Esquecer de abraçar? Esquecer de um gesto de carinho? Nasci. Sou bebê. Sou criança. Sou adolescente. Sou adulto.  Nesta simples visão cronológica trazemos experiências e vivências que vão se acumulando e nos transformam em uma pessoa interessante, e por isso tenho uma única certeza: a vida não se divide em partes isoladas.
Quando queremos transformar-nos em adultos, esquecemo-nos destas experiências e vivências sem considerar que cada uma foi importante para os adultos que somos. Não estancamos os sentimentos da infância ou de qualquer outra fase. Eles coexistem.    

Qual criança que nunca brincou de caça ao tesouro, pega-pega, esconde-esconde e outras brincadeiras?

É uma delícia guardar dentro de si um bocado de criancices...


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