Venha compartilhar um pouco do trabalho que realizo como historiador e professor da cidade de Cotia. Mergulhe no passado das pessoas que construiram este lugar, recorde fatos marcantes que deram identidade cultural a esta cidade.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

REGRA DO JOGO


Resisti o quanto pude para não escrever um texto que abordasse o tema novela. Penso ser um assunto fútil demais. Penso em meus amigos que não gostam de novela irão dizer o quê. Penso que não tem nada de melhor para escrever além do que novela? Neste momento não(risos). Penso o que me diria meu “compadre” Xavier, crítico impiedoso dos folhetins de televisão. Ora, independente do que os outros pensam, vou escrever o que acho sobre novela e porque gosto. Ô pra vocês...

Há críticos que atribuem que o gênero novela é coisa de mulher. Até aí o machismo aparece de forma sorrateira. E aqueles que, durante um capítulo de novela, dizem não sair da sala, pois já que todo mundo na casa assiste ele não tem saída a não ser acompanhar a trama das oito.
Só mesmo o Altíssimo para nos salvar de tanta ignorância.

Há quem diga que as novelas influenciam negativamente a educação das crianças. Outros mais rigorosos em suas críticas atribuem às novelas o incentivo ao imoralismo e à violência. Ora, pergunto: quem nasceu primeiro a novela ou a sociedade?Pensando assim, quem disser que antes da televisão e das novelas não existia imoralidade e nem violência... Reflita um pouco.

As novelas têm possibilitado discutir temas antes restritos a uma determinada região ou grupos, como intolerância e fanatismo religioso. Aí atribuir aos folhetins que seja produto de alienação é uma grande besteira.

Regra do jogo começou interessante.

O cara aparece diante da mídia como herói e liberta sequestrados em um assalto que ocorre em um banco. Logo depois de salvar reféns recebe em casa uma parte do dinheiro roubado no banco. Farinha do mesmo saco. Isso é ficção? Não é a realidade? Não sabemos quem é mocinho ou bandido. A mocinha estilosa com roupas de marca da cabeça aos pés e uma trapaceira de primeira classe. Falsa, dissimulada e outros atributos fazem dela uma bandida sedutora. Isso é ficção? Não existe gente assim neste mundo?

Só está faltando alguém dizer que falsidade é uma invenção de novela. Há críticos que atribuem o caos que atravessamos à alienação que a novela provoca no cidadão. Como se assistir novela nos deixasse em um estado de letargia. Pura besteira! Uma avaliação sociológica descabida. Televisão e diversão Novela é entretenimento. Como é bom um pouco de ficção. Exercitar a imaginação faz bem à alma.


Acompanho novela e também sou ferozmente crítico quando o folhetim é uma porcaria. Adoro final feliz mesmo sabendo que a nossa realidade cotidiana é bem diferente. É bom sonhar com finais de novela felizes. Estamos precisando tanto de felicidade. 

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