Venha compartilhar um pouco do trabalho que realizo como historiador e professor da cidade de Cotia. Mergulhe no passado das pessoas que construiram este lugar, recorde fatos marcantes que deram identidade cultural a esta cidade.

terça-feira, 17 de março de 2015

LEI DO SILENCIO!


A Lei do Silencio tem provocado discussões calorosas e importantes sobre a ocupação e uso do espaço público e privado. Ora, aqui, público e privado se confundem, onde começa um e termina o outro? Talvez tarefa difícil seja separá-los e dar uma identidade para cada um, mas não impossível. Quando encontramos todo tipo de lixo jogado pelos quatro cantos da cidade entulhando as calçadas parece existir uma confusão imensa entre o privado e público.
Parece que tudo se pode no espaço público...

Talvez falte uma política pública de conservação e preservação do espaço que habitamos. Vivemos! Salve-se quem puder?Uma grande verdade! Não se importando que a calçada seja de uso coletivo. O importante é me livrar do lixo que me incomoda sem me importar com o outro. O cidadão, ao agir assim, não sabe muito bem o que é público e o que é privado. Aí que entra o Estado como gestor, considerando todas as diversidades.

Uma Lei que pretende coibir o barulho não pode ser excludente. Ela tem que atender todos os segmentos da sociedade. Ela não pode ser só contra os bailes funk que cercam ruas e atravessam a noite com as caixas de som estonteantes (normalmente produz música de mau gosto). Espaço muitas vezes para vender bebida alcoólica e para o tráfico de drogas. Há exceções!Também existem bailes funkque não estão dentro desse padrão de criminalidade e é expressão de um movimento cultural.Expressão de um jeito da periferia que é esquecida pelas políticas públicas.

Um aspecto importante dessa Lei do Silencio é ver o legislativo legislando. Discutindo e promovendo um debate com a sociedade. Há que cuidar que essa lei não seja mais uma a não ser cumprida. Há que levantar os lugares que se promove a antilei do silêncio (logística). Não é difícil e só andar por alguns bairros da cidade, no final de semana, e se verá. Verá uma confusão entre o privado e o público. Parece que a coisa funciona assim: aqui no espaço da minha casa: quem manda sou eu, características claras do consumismo, do individualismo e do egocentrismo. Não se importando com quem está ao lado.
A Lei do Silêncio tem que abordar todos os sons que incomodam. Não pode ser seletiva. Talvez, essa Lei ajude a definir ou a separar o que é público e privado. Tarefa difícil! Um bom começo.

Não podemos esquecer que a Lei do Silêncio tem que ter o Poder Público como exemplo. 

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