Venha compartilhar um pouco do trabalho que realizo como historiador e professor da cidade de Cotia. Mergulhe no passado das pessoas que construiram este lugar, recorde fatos marcantes que deram identidade cultural a esta cidade.

quinta-feira, 10 de março de 2011

QUEM TEM MEDO DE SER AVALIADO?


Quase todo mundo tem medo de ser avaliado. Eu tenho! Quem não tem? Este receio é bobagem, pois somos avaliados todos os dias pelas nossas ações. É que às vezes não percebemos ou não queremos perceber. Pare! Olhe com atenção, que sempre tem gente espiando e avaliando.  Exagero à parte, este tema na educação é muito discutido e as opiniões em relação a ele são conflitantes e geram controvérsias. Isto é saudável! Tirando os receios e os preconceitos, ser avaliado transformou-se  em uma  necessidade, tanto para o governo quanto para aqueles que estão envolvidos no processo de educar, em todos os seus níveis. Talvez este receio por parte dos educadores tenha motivo: é aquela velha idéia de que a corda arrebenta do lado mais fraco. O que notamos nas últimas duas décadas foi o investimento em educação feito intensivamente, mas de forma desorganizada. O dinheiro se perde na ineficiência dos governos e na falta de um projeto com objetivos, metas e resultados claros. Os motivos para isto são vários, mas talvez o motivo maior seja que os projetos em educação são de governos e não do Estado. Entra e sai governo mudam-se as nomenclaturas, e às vezes não é dada continuidade a projetos na área educacional que estão dando resultados positivos, por pura vaidade política. Besteira!               
Há anos que estamos diagnosticando! E só diagnosticamos! Sabemos dos problemas e dos caminhos que devemos tomar. O que nos impede? Na década de 90 a discussão sobre avaliação foi muito intensa e o educador Luckesi, especialista em avaliação, contava uma história muito interessante e que vou repetir, para que possamos refletir porque patinamos tanto no diagnóstico. Um paciente chega a um ambulatório reclamando de fortes dores nas costas. O médico atende, examina, pede um “raio-x” e conclui que o diagnóstico é de que o paciente está com pneumonia no pulmão esquerdo. Depois de apresentar o diagnóstico, o médico pede para o paciente voltar no dia seguinte. O paciente volta e o médico percebe que a pneumonia começa a tomar conta do pulmão direito. O médico, preocupado, pede para o paciente voltar no dia seguinte. O paciente volta em uma situação pior ainda. E  novamente o  médico pede para ele voltar no dia seguinte. O paciente nunca mais volta. O que será que aconteceu com o paciente? E o que acontece com os nossos alunos? Mesmo com este quadro temos várias experiências que mostram que podemos dar um salto além do diagnóstico.
 Em Cotia, através da Secretaria da Educação, implantamos o Sistema de Gestão Integrada, com o objetivo de dar um salto de qualidade no ensino, organizando a escola e a Secretaria de Educação com objetivos, metas e resultados. Além deste projeto, o Instituto Gerdau viabilizou a quarenta diretores de escolas municipais cursos de autogestão. O principal objetivo da Secretaria de Educação de Cotia em possibilitar estes cursos foi para que as escolas que participaram dessem o salto além do diagnóstico. Ou seja, pulamos o muro das lamentações, deixamos de achar que tudo era muito difícil. E os resultados começaram a aparecer. Das quarenta e cinco escolas que participaram da Prova Brasil, apenas cinco não alcançaram o índice proposto pelo governo federal. Mesmo assim, não ficaram muito abaixo. É bom salientar que não foram apenas os cursos de gestão que contribuíram para este aspecto positivo. Os cursos de formação e outras ações foram decisivos também, o que em outro momento vamos retomar em detalhes. Outro aspecto importante é que os índices de aprovação de muitas escolas municipais estão acima de muitas escolas particulares da região.

Um comentário:

  1. SABE QUE NAO AVIA PENSADO NISSO TEM ALGUEM ME AVALIANDO :???ENTEREÇANTE MSM

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